terça-feira, 27 de novembro de 2012

Campista - Campos do Jordão

Colônia de férias da Polícia Militar no caminho Campista-Campos do Jordão


A questão do motoqueiro no post anterior pode ser interpretada de muitas maneiras. Talvez a situação não oferecesse perigo, seria apenas uma pessoa tentando ajudar os peregrinos. Os meus amigos de Mococa podem ter entendido alguma frase de maneira incorreta e sobrevalorizaram o medo, e logo imaginaram um suposto assalto. Eu não sei em que contexto o encontro aconteceu...Preferi acreditar no casal de amigos e vi a situação como um sinal de alerta, ainda mais para mim que seguia sozinho. Durante a viagem toda os únicos perigos que enfrentei estavam dentro da minha própria mente. A gente quando está sozinho começa a imaginar um monte de situações de perigo e isso acaba interferindo no que acontece no plano real. O exemplo disso foi o pesadelo que tive no Santuário do Desterro, toda aquela situação começou a ser desenhada muito antes da noite cair.

Tirando a questão do motoqueiro eu estava com problemas bem mais sérios e esses sim, reais. Assim que saí do Márcio percebi que a minha bike não estava 100%. Os pedais e a corrente começaram a rodar sozinhos, mesmo sem eu pedalar. Isso acontecia principalmente nas descidas e no plano. Na subida eu tinha que pedalar normalmente. Isso atrapalhou muito os primeiros 5 quilômetros do percurso, praticamente todo em declive. Eu tive que soltar a bike na ladeira colocando as pernas para trás, que nem um sapo quando dá um salto pra frente. A posição era meio esquisita e completamente desconfortável. Ainda tinha que prestar atenção para não tomar uma "pedalada" na canela. Eu não fazia ideia de qual seria o problema. E também, não adiantava nada tentar arrumar, pois embora eu tivesse todas as ferramentas não sabia como consertar.
Depois da descida cheguei num bairro, com algumas casas e comércio. Vi muitas madeireiras. Nesse ponto, a seta indicava uma estrada de terra à direita. Essa estrada correspondia ao ponto onde o casal foi abordado. Na minha cabeça a decisão de prosseguir pela estrada asfaltada já estava tomada, desde a saída da Barão Montês. 

Também comecei a perceber que o Caminho da Fé começava a perder o seu encanto e a tranquilidade da área rural. A paisagem de cidade grande com todo o seu progresso e os seus problemas iria definitivamente tomar o lugar do sossego do campo. Não que isso fosse de todo mal, mas era um indício de que o CF estava terminando. Fui caminhando e pensando que dentro de poucos dias eu estaria novamente em São Paulo. Não era uma ideia que me agradava muito. A estrada a parir dali continuava sinuosa e sem acostamento, eu tinha que prestar atenção no trânsito para não ser pêgo de surpresa. Algumas casas com suas chaminés esfumaçantes já apareciam no topo dos morros. Eu nunca estivera antes em Campos do Jordão e tudo o que eu estava vendo era muito melhor do que as imagens que via na TV. Sem falar que para a mídia a cidade se resume ao bairro do Capivari. Campos do Jordão era muito mais que os hotéis e restaurantes do bairro famoso. 

Quando mal percebi já estava no perímetro da cidade. O primeiro sinal disso foi quando vi o bondinho passar no trilho no meio da avenida principal. De tanto prestar atenção em tudo a minha volta, esqueci de olhar as setas amarelas. Parei num posto de gasolina e tentei achar a pousada no emaranhado de ruas, pousadas e restaurantes estampados num enorme mapa na lateral do posto. O jeito foi perguntar ao frentista  que felizmente conhecia a pousada do peregrino. Voltei pela mesma avenida e após três quarteirões eu estava bem próximo do meu destino. Saí da avenida principal e entrei numa rua e logo virei à esquerda. Pronto!!! Havia chegado...A partir desse momento eu teria grandes e agradáveis surpresas!!!


Fotos

Limite de municípios

A partir da placa o CF vira à direita entrando na estrada de terra

Clube de lazer

Aqui termina a longa descida desde a Barão Montês

A estrada para Campos, muitas curvas e nenhum acostamento

Surgem as primeiras mansões de Campos do Jordão

Casa toda de madeira e estilo mais simples

Fora da cidade há muitas colônias de férias de empresas 

Vegetação exuberante ao longo da estrada

Muitas subidas pelo caminho

Floresta de pinheiros

A medida que a cidade se aproxima as casas se tornam mais belas

Quase chegando no perímetro urbano

Bela vista do alto do morro

Bondinho urbano

Casa do Peregrino



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